Chefe do Tesouro dos EUA prevê redução gradual de tarifas se desequilíbrios comerciais forem corrigidos
Secretário do Tesouro dos EUA sugere que tarifas sobre importações podem ser reduzidas ao reequilibrar o déficit comercial. Bessent destaca a importância das negociações com países como Japão e China para alcançar esse objetivo.
Tarifas dos EUA podem diminuir se desequilíbrios comerciais forem corrigidos, afirma Scott Bessent, secretário do Tesouro, em entrevista ao Nikkei Asia.
Bessent descreve a redução das tarifas como um “cubo de gelo derretendo”, enfatizando que o governo Trump busca reequilibrar o déficit em conta corrente, projetado em US$ 1,18 trilhões em 2024.
Com as novas tarifas, a alíquota média subiu para 18,6%, a mais alta desde a Segunda Guerra Mundial. Bessent alerta que deficits elevados podem provocar crises financeiras.
Negociações comerciais estão em andamento, com a maioria das finalizações previstas até outubro. As conversas com a China são prioritárias, enfrentando desafios por se tratar de uma economia não mercadológica.
A administração Trump usa tarifas para pressionar a Rússia e proteger indústrias americanas. Com o Japão, um acordo inclui uma tarifa de 15% e um pacote de investimento de US$ 550 bilhões.
Bessent acredita que esse acordo pode ajudar no reequilíbrio comercial. A redução da tarifa de carros japoneses enfrenta atrasos na implementação.
Fed: A sucessão de Jerome Powell está em discussão, e Bessent pode assumir a liderança. Ele destaca a importância da independência monetária do Fed e a necessidade de um novo presidente que saiba gerenciar a organização e sustentar políticas que mantenham o dólar forte.
Para Bessent, garantir um ambiente favorável a investimentos é crucial para a economia dos EUA e para a atração de investimentos diretos estrangeiros.