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Chegada de montadoras e produção local vão reduzir preço de carro elétrico no país

A guerra de preços no mercado chinês de carros elétricos influencia diretamente as montadoras brasileiras, que buscam oferecer maior competitividade aos consumidores. Especialistas acreditam que a entrada dos veículos chineses pode resultar em preços mais baixos e maior variedade para os compradores no Brasil.

Mercado Chinês de Carros Elétricos em Guerra de Preços

O mercado chinês, o maior do mundo em vendas de veículos elétricos, está em uma intensa guerra de preços. As grandes montadoras, como a BYD, estão oferendo descontos superiores a 30% para se manterem competitivas, enquanto a margem de lucro atinge o menor nível em uma década.

No Brasil, o aumento no interesse por veículos eletrificados e a produção local da BYD e GWM aquecem a concorrência, podendo beneficiar o consumidor. Ferdinand Dudenhöffer, do Centro de Pesquisa Automotiva, acredita que a concorrência pode resultar em preços mais baixos e descontos maiores.

Este ano, o Brasil deve vender 170 mil unidades de “veículos verdes”, um crescimento de 40,7% em relação a 2024. A BYD, que chegou ao Brasil em 2023, está oferecendo preços competitivos, como o Dolphin Mini a R$ 118 mil. Na China, a BYD já aplicou descontos de até 34% em seus modelos.

A BYD afirma que sua estratégia de preços no Brasil é independente da chinesa, visando oferecer o melhor custo aos consumidores locais, especialmente com a futura produção em Camaçari, Bahia.

A GWM, que começará a produzir o SUV Haval 6, pretende manter preços diante dos custos mais altos da produção local. Outras montadoras chinesas, como GAC e Geely, também entram no mercado brasileiro, prometendo competitividade sem guerras de preços, mas focando na entrega de valor real. A GAC já iniciou vendas e planeja produção local.

A Anfavea, que representa as montadoras brasileiras, expressa preocupação com o aumento das importações chinesas e sugere o aumento do Imposto de Importação para veículos elétricos para 35% agora, visando proteger empregos e investimentos no país.

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