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Chilenos vão às urnas neste domingo em primária presidencial da esquerda

Eleitores chilenos definem candidato da esquerda nas primárias, com Jeannette Jara ganhando destaque nas pesquisas. A vitória será crucial em um cenário econômico desafiador, marcado pela baixa aprovação do atual governo e crescente preocupação pública.

Chilenos vão às urnas neste domingo para as primárias presidenciais da esquerda, com a disputa acirrada pela candidatura devido ao avanço da candidata comunista Jeannette Jara.

Os eleitores escolherão entre quatro pré-candidatos da esquerda, que enfrentarão nomes da direita e do centro nas eleições de novembro, onde a oposição atualmente lidera as intenções de voto.

Até então favorita, a ex-ministra do Interior Carolina Tohá viu seu status ameaçado pela crescente popularidade de Jara, cujas pesquisas indicam que ela pode estar à frente. Os outros candidatos são Gonzalo Winter e Jaime Mulet.

Desafios à frente: A corrida para o Palácio de La Moneda é complicada pelo baixo índice de aprovação do governo Boric e pela preocupação dos eleitores com a criminalidade e a migração clandestina.

A liderança da economia chilena está em jogo, em um contexto de baixo investimento e alto desemprego, com ações chilenas se valorizando em previsões de um governo menos radical.

A analista Jimena Zuniga afirma que uma vitória de Tohá seria um "alívio parcial" para o mercado, garantindo uma oposição à radicalização.

Tohá, responsável pela criação do Ministério da Segurança Pública, apoia a redução de impostos para empresas. Jeannette Jara é destacada por sua articulação nas reformas propostas por Boric.

As urnas ficarão abertas até as 18h (horário local de Santiago). O órgão eleitoral Servel divulgará resultados parciais à noite, com apuração final nas horas seguintes. A votação é voluntária agora, mas obrigatória em novembro.

O(candidato) da esquerda vencedora irá enfrentar nomes como José Antonio Kast e Evelyn Matthei nas eleições de novembro, com o primeiro turno marcado para 16 de novembro e um possível segundo turno em 14 de dezembro.

As leis eleitorais proíbem reeleições consecutivas, impedindo que Boric busque um novo mandato neste ano.

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