China amplia compra de minerais críticos do Brasil; venda de cobre atinge recorde de US$ 331 milhões
China se torna principal mercado para exportações de minerais brasileiros, impulsionada pela demanda por insumos da transição energética. Relatório do CEBC aponta recordes nas vendas de cobre e crescimento expressivo em outros minerais estratégicos.
Demanda da China por minerais estratégicos impulsiona exportações brasileiras, destaca estudo do Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC).
No primeiro trimestre de 2025, as vendas de minério de cobre tiveram um recorde de US$ 331 milhões, com alta de 180% em relação ao mesmo período de 2024.
O desempenho foi impulsionado por:
- Valorização de 18% no preço do mineral;
- Crescimento de 79% no volume embarcado, totalizando 124 mil toneladas.
O minério de cobre agora representa 2% das exportações brasileiras para a China, superando Bulgária e Alemanha em participação de mercado.
A China já era o maior comprador, com 20% em 2024, subindo de apenas 11% em 2014.
A demanda crescente ocorre em meio ao crescimento global da indústria verde, que precisa de insumos como cobre, lítio, nióbio e manganês.
Outros minerais estratégicos também registraram alta expressiva:
- Manganês: +310%
- Ferroníquel: +253%
- Cobre refinado e ligas de cobre: +56%
- Obras de nióbio: +35%
- Ferronióbio: +13%
Apesar da queda de 22% no preço do minério de ferro, que resultou em recuo de 25% no faturamento, a China ainda é responsável por 65% das remessas brasileiras do minério.
Avanço da indústria de transformação também é notável, com participação de 23% das exportações brasileiras para a China.
A soja bateu recorde de volume, com quase 17 mil toneladas exportadas, apesar da queda de 4,4% no faturamento.
As tensões globais nas relações comerciais afetam o mercado, com os EUA analisando a imposição de tarifas sobre minerais estratégicos.