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China aposta em robôs humanoides com IA para reinventar a indústria

Startup chinesa AgiBot desenvolve robôs humanoides em Xangai para impulsionar a coleta de dados e treinar máquinas que poderão transformar a indústria. O governo investe pesado na robótica para enfrentar desafios econômicos e demográficos, almejando uma nova revolução industrial.

Robôs humanoides em Xangai estão sendo manobrados por operadores para realizar diversas tarefas, como dobrar roupas e preparar sanduíches, operando 17 horas por dia. A AgiBot, startup chinesa, busca gerar dados para treinar robôs que transformem a vida e o trabalho humanos.

Na visita do presidente Xi Jinping à AgiBot, destacou-se a importância da tecnologia para enfrentar questões como conflitos comerciais e o declínio populacional na China. Xi comentou que um dia as máquinas poderiam até jogar futebol.

A China visa uma nova revolução industrial com robôs humanoides desempenhando papéis na manufatura, enfrentando desafios como a possível demissão de trabalhadores. O governo alocou mais de US$ 20 bilhões para o setor em 2024 e planeja um fundo de US$ 137 bilhões para apoiar startups em IA e robótica.

As compras estatais de robôs humanoides aumentaram significativamente, e analistas preveem a redução de custos similar à dos veículos elétricos. A projeção é que as vendas anuais globais de robôs humanoides possam alcançar 1 milhão de unidades até 2030.

A China domina a cadeia de suprimentos e fabrica até 90% dos componentes de robôs humanoides. O setor está crescendo rapidamente, com 31 empresas chinesas apresentando novos modelos em 2024, em comparação a apenas oito nos EUA.

Apesar das preocupações sobre o impacto nos empregos, o governo chinês vê os robôs como essenciais para resolver a escassez de mão de obra, especialmente em cuidados com idosos. Yao, da AgiBot, prevê que em 5 a 10 anos, robôs poderiam realizar tarefas cotidianas como organizar quartos e ajudar na transferência de pacientes.

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