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China aposta que tem mais fôlego para guerra tarifária do que Trump, diz pesquisador

Guerra comercial entre EUA e China ganha nova escalada com tarifas recordes. Especialistas alertam para impactos globais e a necessidade de coordenação entre potências para mitigar a crise.

Donald Trump provocou uma guerra comercial com a China, que respondeu de forma firme. Os EUA aumentaram tarifas de 104% sobre importações chinesas, enquanto a China aplicará 34% sobre produtos americanos a partir das datas de 9 e 10 de outubro, respectivamente.

Segundo Yi Shin Tang, professor da Universidade de São Paulo, a China acredita ter mais fôlego político e econômico que os EUA para sustentar essa batalha prolongada.

Ele destaca que a capacidade de suportar uma crise econômica pode depender de quem tem um maior fôlego político. O professor sugere que, caso a guerra se estenda, os chineses podem esperar por um enfraquecimento de Trump nas eleições americanas para negociar condições mais vantajosas.

A lógica de Trump é empresarial, vendo a dinâmica global como uma negociação entre CEOs. No curto prazo, setores como insumos básicos, siderurgia e químicos serão os mais afetados, com possíveis interrupções de suprimentos e aumentos de preços.

Além disso, outros parceiros comerciais dos EUA, como a União Europeia, Coreia do Sul e Japão, também se preparam para enfrentar tarifações mais altas e estão tentando negociar acordos.

No cenário global, a falta de coordenação entre grandes economias como a Europa e a China levanta incertezas sobre a resposta a essa situação, já que ambos têm suas próprias questões a resolver.

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