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China avança diante de recuo diplomático dos Estados Unidos, diz relatório

Relatório aponta que cortes na ajuda externa dos EUA abririam espaço para a China ampliar sua influência global. Democratas alertam que a redução de recursos pode prejudicar a presença americana no cenário internacional.

A China está ampliando seu alcance diplomático enquanto o governo do presidente Donald Trump reduz a presença internacional dos Estados Unidos, revelou um relatório da Comissão de Relações Exteriores do Senado, divulgado em 14 de outubro.

O documento destaca cortes profundos no Departamento de Estado, incluindo a demissão de mais de 1.350 funcionários e uma redução total de quase 3 mil servidores.

O governo também cortou bilhões de dólares em ajuda externa, levando ao fechamento da Usaid, resultando na demissão de milhares de funcionários e na eliminação de mais de 80% de seus programas.

Os críticos alertam que esses cortes prejudicam a capacidade dos EUA de defender seus interesses no exterior. Uma pesquisa do The Lancet estima mais de 14 milhões de mortes adicionais até 2030 devido ao desmonte da Usaid.

A senadora Jeanne Shaheen afirmou que "poucos dias após a posse de Trump, a China já nos via como um parceiro pouco confiável", ressaltando que enquanto os EUA recuam, a China amplia sua <>.

Trump defende que suas mudanças visam alinhar a política externa à agenda "America First" e cortar gastos excessivos, afirmando que os EUA pagam desproporcionalmente pela ajuda externa.

O relatório de 91 páginas lista formas como a China está expandindo sua influência, identificando ações que preenchem lacunas deixadas pela redução de programas dos EUA, como:

  • Financiamento de vacinas;
  • Distribuição de alimentos;
  • Projetos de infraestrutura.

Exemplos incluem:

  • Na África, enquanto os EUA encerravam programas de assistência alimentar, a China doou US$ 2 milhões em arroz para Uganda;
  • Na Zâmbia, após o cancelamento de um subsídio de US$ 37 milhões pelos EUA, a China prometeu 500 mil kits de teste rápido de HIV;
  • No Sudeste Asiático, Xi Jinping fez uma visita que resultou em acordos de cooperação com Vietnã, Camboja e Malásia;
  • Na América Latina, a China anunciou uma linha de crédito de US$ 9 bilhões durante o "Fórum China–América Latina e Caribe".
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