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China busca aumentar influência sobre a ONU em tentativa de preencher vácuo deixado pelos EUA

A China intensifica esforços para ampliar sua influência na ONU em meio à retração dos Estados Unidos, buscando liderar reformas e se posicionar em áreas estratégicas. Diplomas ocidentais relatam que Pequim está utilizando a reestruturação da organização para promover sua agenda e garantir maior representação no cenário global.

A China está ampliando sua influência na ONU, aproveitando a ausência de apoio dos EUA ao multilateralismo, especialmente desde a administração de Donald Trump.

Diplomatas ocidentais indicam que a China está expandindo sua presença em Genebra com um aumento no número de funcionários e na construção de coalizões, focando em agências como a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A China contribui com mais de 15% do orçamento da ONU, mas é sub-representada em pessoal, com cerca de 1.600 funcionários, em comparação com mais de 5.000 dos EUA, segundo um estudo.

Desde o afastamento dos EUA, a China se tornou proativa na reforma ONU80, que busca reorganizar departamentos e operações da organização.

Lu Xiaoyu, professor da Universidade de Pequim, defende que a China busca promover reformas equitativas e maior representação do Sul Global na ONU, além de se beneficiar de fusões para ampliar sua influência no desenvolvimento internacional.

A China se comprometeu a doar US$ 500 milhões à OMS em cinco anos, com promessas de apoio técnico e financeiro.

Através de relações com países em desenvolvimento, a China também fortaleceu sua presença em cargos sêniores na ONU e recentemente ganhou a sede da Conferência Mundial de Radiocomunicações de 2027.

A ONU reconhece que todas as nações buscam influência e espera que seus funcionários atuem de forma imparcial, como servidores civis internacionais.

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