China busca novos mercados e vendas para o Brasil aumentam
O crescimento das exportações chinesas para o Brasil chega a 22% em 2024, refletindo a mudança de foco diante das tarifas americanas. Com o aumento das vendas, o Brasil enfrenta uma queda significativa em seu superávit comercial com a China.
Impacto das Tarifas Americanas na China e Brasil
O Wall Street Journal estima que uma enxurrada de US$ 400 bilhões em produtos chineses buscará novos mercados devido às tarifas de Donald Trump contra a China.
As tarifas aumentam as barreiras para a venda nos EUA, levando a China a focar mais em exportações para Brasil, que representa apenas 1,9% das exportações chinesas.
Em 2024, as exportações da China para o Brasil subiram 22% e, entre janeiro e março, aumentaram 34,9%, enquanto as brasileiras caíram 13,4%.
O superávit comercial brasileiro foi drasticamente reduzido em 91,4%, de US$ 8,7 bilhões para US$ 744,6 milhões.
Com a alta dinâmica de importações chinesas, há expectativa de aumento de investigações antidumping no Brasil, criando tensões políticas.
Na Europa, a Eurofer solicita medidas “rigorosas e eficazes” para enfrentar o crescimento do excesso de capacidade de aço, com foco na China.
Os analistas do Deutsche Bank veem três possíveis cenários futuros para a China:
- Aumento do consumo interno
- Mais exportações para o Sul Global
- Transferência de produção para terceiros países
A China já exporta mais de 50% de seu superávit comercial para o Sul Global desde 2021.
A situação é delicada: 32% da manufatura global é da China, mas apenas 12% do consumo também é chinês.
O tarifaço de Trump pode impactar os mercados, e um acordo entre EUA e China é considerado inevitável para evitar mais danos.