China corteja Brasil após tarifaço de Trump, diz New York Times
China intensifica laços com o Brasil e América Latina enquanto EUA enfrentam críticas por tarifas. Lula busca parcerias econômicas e tecnológicas durante visita à cúpula na China.
Repórter do The New York Times destaca que a China está cortejando o Brasil e a América Latina diante das tensões com os EUA.
Em um artigo intitulado "China corteja Lula e América Latina após choque de tarifas de Trump", o jornal aponta que o presidente Donald Trump busca reforçar a influência americana na região, evocando a Doutrina Monroe.
Especialistas afirmam que muitos países latino-americanos desejam manter estreitas relações com Pequim para garantir independência e auto-determinação frente ao poder dos EUA.
O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Miao Deyu, enfatizou que a América Latina não quer uma nova Doutrina Monroe.
Enquanto isso, Trump busca priorizar as Américas, com visitas de seu secretário de Estado, Marco Rubio. No entanto, países da região criticam as tarifas elevadas impostas por Trump sobre seus produtos.
A China, que se tornou uma grande compradora de minerais e recursos da América Latina, espera repetir o sucesso de compras de produtos como soja e minério de ferro, independente das tarifas americanas.
Por outro lado, Lula aumentou tarifas sobre produtos chineses, mas ainda assim tem esperança de que a China possa contribuir com inovações tecnológicas para o Brasil.
Lula chegou a Pequim no último domingo (11/5) para sua segunda visita oficial, participando da cúpula China-Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).
A visita ocorre em meio a tensões entre Estados Unidos e China, com Trump impondo tarifas de até 140% sobre produtos de diversos países, incluindo Brasil e China.
No cenário diplomático, Trump insinuou que países da América Latina teriam que escolher entre apoio da China ou dos EUA.