China diz que exercício militar perto de Taiwan é punição por 'promover separatismo'
Tensão aumenta entre China e Taiwan após exercícios militares próximos à ilha. Ministério da Defesa taiwanês denuncia a presença de 54 aeronaves chinesas em áreas estratégicas ao redor de Taiwan.
Exercícios militares da China próximos a Taiwan nesta segunda-feira (17) respondem à "promoção do separatismo" do presidente Lai Ching-te, conforme comunicado de Pequim.
Taipé acusou a China de ser provocadora. Para Pequim, a China continental e Taiwan são partes de uma só nação, e a ameaça de usar força contra a ilha se intensificou.
O ministério da Defesa taiwanês informou sobre "patrulhas conjuntas de prontidão de combate", com 54 aviões de guerra, como jatos J-10 e drones, em áreas próximas a Taiwan. Dentre eles, 42 cruzaram a linha mediana do estreito, uma zona-tampão não oficial.
Um porta-voz chinês alertou que provocações do governo de Lai levariam à sua própria destruição. O governo de Taiwan, por sua vez, afirma que a China tenta normalizar sua atividade militar próxima à ilha, realizando patrulhas a cada sete a dez dias.
Lai mencionou que a China intensificou campanhas de influência e infiltração contra Taiwan e prometeu contramedidas. O governo taiwanês tem oferecido diálogos, mas é ignorado, afirmando que apenas o povo de Taiwan pode decidir seu futuro.
O Conselho de Assuntos do Continente de Taiwan criticou o Partido Comunista Chinês como um "provocador" e instou nações aliadas a impedir a expansão militar da China.