China diz que primeiras discussões comerciais com EUA neste sábado foram 'passo importante'
China e EUA iniciam diálogos comerciais em Genebra após anos de tensões tarifárias. Expectativas giram em torno de possíveis concessões e a redução simbólica das tarifas.
A China qualificou, neste sábado (10), os primeiros diálogos comerciais com os Estados Unidos desde o início da guerra tarifária global como um passo importante. As discussões estão ocorrendo em Genebra, na Suíça.
Representantes dos EUA incluem o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante de Comércio, Jamieson Greer. A China é representada pelo vice-primeiro-ministro He Lifeng.
A agência de notícias Xinhua destacou a importância do contato estabelecido, sem especificar o progresso das negociações. As reuniões se iniciaram em um chalé luxuoso e continuarão no domingo.
Na sexta-feira, Trump sugeriu reduzir as tarifas alfandegárias para 80%. O secretário do Comércio, Howard Lutnick, afirmou que o presidente deseja "apaziguar a situação". Contudo, essa redução é considerada simbólica, mantendo um grande impacto nas exportações chinesas.
As tarifas impostas inicialmente por Trump chegaram a 145%, enquanto a resposta da China foi uma taxa de 125% sobre produtos americanos, resultando em um comércio bilateral estagnado.
A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, considerou as discussões como "um passo positivo e construtivo".
Apesar do cenário, a secretária de imprensa da Casa Branca advertiu que Trump "não irá baixar unilateralmente as tarifas", pedindo concessões.
Especialistas, como Bonnie Glaser, indicam que um possível resultado pode ser a suspensão da maioria das tarifas. Lizzi Lee espera um gesto simbólico que alivie tensões, mas não resolva os desacordos fundamentais.
Xu Bin expressou temor de que as tarifas não retornem a um nível razoável, prevendo que mesmo se baixarem, permanecerão altas demais para um comércio normal.