China e EUA iniciam trégua comercial com suspensão mútua de tarifas
Pelo acordo, as tarifas dos EUA sobre produtos chineses caem drasticamente, assim como os impostos aplicados por Pequim. Apesar da redução temporária, as tensões comerciais e incertezas permanecem, aumentando o risco de uma nova escalada.
Estados Unidos e China suspendem tarifas em trégua comercial
No dia 14 de junho, EUA e China anunciaram a suspensão parcial das tarifas recíprocas por 90 dias, buscando aliviar a guerra comercial que afetou mercados e cadeias de suprimento.
Após reuniões durante o fim de semana, os representantes das duas economias concordaram em reduzir tarifas de importação que ameaçavam paralisar o comércio bilateral.
O presidente americano, Donald Trump, afirmou que há um rascunho sólido para um acordo comercial que facilitará a abertura da China para empresas americanas. Ele ressaltou: “Temos a estrutura de um acordo muito sólido com a China”.
As tarifas dos EUA, que passaram de 145% para 30%, e as tarifas da China, de 120% para 10%, foram ajustadas após a meia-noite de quarta-feira em Washington.
O presidente chinês, Xi Jinping, destacou: “Não há vencedores em uma guerra tarifária”, durante uma cúpula em Pequim. A China critica a “certa potência mundial” que está “obcecada” com a lei do mais forte.
Apesar da trégua, as tensões permanecem. As tarifas altas dos EUA incluem 20% de impostos adicionais devido à suposta inação chinesa contra o tráfico de precursores químicos do fentanil.
A China nega a responsabilidade e pede que Washington “pare de difamar e atribuir culpas”.
Analistas alertam que a incerteza persiste e que um retorno das tarifas após 90 dias é uma possibilidade real, o que pode dificultar uma redução mais expressiva.
“A necessidade de uma nova escalada ainda está presente”, indica Yue Su, economista da The Economist Intelligence Unit.
As autoridades chinesas admitem que sua economia, já abalada, é afetada pela incerteza no comércio global.
Informações da AFP
Publicado por Victor Oliveira