China e EUA suspendem tarifas em trégua temporária da guerra comercial
Trégua temporária entre EUA e China reduz tarifas em 90 dias, mas tensões comerciais persistem. Especialistas alertam para o risco de nova escalada após o período de suspensão.
Estados Unidos e China suspenderam, em 14 de novembro, parcialmente e por 90 dias, tarifas elevadas que haviam sido impostas recíproca e agressivamente, em uma trégua temporária na guerra comercial.
Durante reuniões no fim de semana, representantes das duas principais economias concordaram em reduzir drasticamente as tarifas de importação que ameaçavam paralisar o comércio bilateral.
O presidente americano, Donald Trump, declarou que Washington tem um "rascunho para um acordo comercial muito sólido" que permitirá a abertura da economia chinesa às empresas americanas.
Após um impacto negativo nos mercados e nas cadeias de suprimento, as partes iniciaram negociações na Suíça, resultando em uma suspensão parcial das tarifas:
- Tarifas americanas sobre produtos chineses caíram de 145% para 30%.
- Impostos chineses sobre produtos americanos passaram de 120% para 10%.
As autoridades chinesas mantiveram discrição após o acordo e continuaram apresentando o país como um parceiro estável de livre comércio. O presidente chinês, Xi Jinping, ressaltou que "não há vencedores em uma guerra comercial".
Risco de nova escalada: Apesar da trégua, tensões permanecem. Tarifas de 20% impostas por Trump visam a "passividade" da China em conter o tráfico de precursores químicos do fentanil.
A China nega responsabilidade e defende que tomou medidas. Há incertezas sobre a possibilidade de novas tarifas após os 90 dias, segundo analistas.
A ofensiva tarifária de Trump afetou empresas americanas dependentes de produtos chineses, e a economia da China já enfrentava uma crise imobiliária e baixo consumo.
Dylan Loh, professor da Universidade Tecnológica Nanyang, comentou que "as duas partes sofreram muita dor econômica e ainda podem suportar um pouco mais".