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China e EUA terão que negociar e agro brasileiro pode sair perdendo, diz especialista

A diretora da Vallya Agro alerta que a intensificação da guerra tarifária entre EUA e China pode impulsionar a criação de um novo acordo comercial. O agronegócio brasileiro, principal fornecedor de grãos e carnes para a China, pode ser prejudicado em um cenário de concorrência acirrada com os americanos.

Guerra tarifária entre EUA e China pode impactar agronegócio brasileiro

A diretora executiva da Vallya Agro, Larissa Wachholz, avalia que o aumento das tarifas entre Estados Unidos e China aproxima um possível acordo comercial, impactando diretamente o agronegócio brasileiro.

Durante a entrevista ao Broadcast Agro, ela explica que a guerra comercial se intensificou recentemente, com tarifas de 125% nos EUA e 84% na China.

Wachholz, ex-assessora do Ministério da Agricultura, destaca a interdependência das economias dos dois países e que o agronegócio brasileiro deve se manter cauteloso.

Para ela, grãos e carnes são os principais produtos que os EUA poderiam fornecer à China, competindo diretamente com o Brasil, seu maior fornecedor atual.

As principais preocupações incluem:

  • Medo de que os acordos comerciais priorizem produtos dos EUA.
  • A alta competitividade nos mesmos mercados, especialmente o chinês.
  • A necessidade do Brasil ser protagonista nas discussões comerciais futuras.

Wachholz aposta que, em algum momento, as conversas acontecerão devido à interligação econômica. No entanto, a escalada tarifária atual é motivada por questões políticas internas de ambos os países.

Desde a primeira guerra comercial, a China diversificou seus fornecedores, reduzindo a dependência dos EUA em produtos agropecuários, onde o Brasil hoje detém 20% do market share.

Embora a relação comercial entre China e EUA tenha mudado, >=é difícil prever os impactos exatos da escalada tarifária sobre a economia.

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