China estende investigação sobre carne bovina importada até novembro
Investigação sobre importações de carne bovina se prolonga para ajudar fornecedores globais. Mudanças nas compras podem impactar países exportadores importantes, como Brasil e Argentina.
PEQUIM (Reuters) – A China prorrogou por três meses o período de investigação sobre as importações de carne bovina, segundo o Ministério do Comércio, em meio a preocupações sobre restrições comerciais.
A investigação, iniciada em dezembro do ano passado, ocorre enquanto a demanda desacelera, afetando o maior mercado de carne bovina do mundo, mas não visa um país específico.
Medidas comerciais poderiam impactar fornecedores importantes, como Argentina, Austrália, Brasil e Estados Unidos. A nova data limite para a investigação é 26 de novembro, citando a necessidade de um grande volume de trabalho investigativo.
O ministério busca garantir um ambiente de comércio global “saudável e estável”, mantendo comunicação com todas as partes. Segundo Even Rogers Pay, analista agrícola da Trivium China, a prorrogação é um alívio para exportadores, permitindo que Pequim verifique a lucratividade do setor doméstico.
Embora restrições, como cotas, ainda estejam em consideração, é mais provável que uma solução ocorra de forma discreta em vez de ser imposta, acrescentou Pay. Além disso, o governo aumentou o apoio financeiro ao setor, que foi “geralmente lucrativo” nos últimos três meses.
A China já importou um recorde de 2,87 milhões de toneladas de carne bovina em 2024, mas as importações caíram 9,5%, totalizando 1,3 milhão de toneladas no primeiro semestre de 2025.