China libera entregas da Boeing após trégua comercial com os EUA
A suspensão da proibição representa um marco nas relações comerciais entre EUA e China, após nova trégua tarifária. A Boeing se beneficia do alívio, mas a concretização das entregas ainda depende de decisões das companhias aéreas chinesas.
A China retirou a proibição sobre a Boeing, que durou cerca de um mês, permitindo que as companhias aéreas do país recebam aeronaves da fabricante americana.
A decisão foi divulgada após avanços nas negociações comerciais com os EUA, incluindo a suspensão temporária de tarifas entre os dois países.
Fontes confirmaram que empresas aéreas e órgãos governamentais foram informados sobre a retauração das entregas de aeronaves fabricadas nos EUA. As companhias agora têm autonomia para definir prazos e condições.
Essa retomada é um alívio imediato para a Boeing, que enfrentou restrições após as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, levando a China a adotar contramedidas.
A trégua tarifária entre os países suspendeu tarifas de 145% para 30% nos EUA e de 125% para 10% na China, válida por 90 dias. Contudo, a liberação pode ser temporária se as negociações comerciais não avançarem.
Embora a Boeing não tenha comentado, é importante ressaltar que algumas aeronaves foram devolvidas pelos clientes chineses, e a fabricante busca novos compradores para os aviões ainda não entregues.
Com cerca de 50 aviões programados para entrega à China neste ano, a decisão ajuda a evitar custos e garante pagamentos significativos.
A China representa uma parte significativa da demanda global por aviões, com previsão de 20% nos próximos 20 anos, embora a Boeing tenha enfrentado dificuldades em realizar grandes encomendas nos últimos anos.
A fabricante também lidou com problemas de qualidade e disputas comerciais, fazendo com que a China favorecesse a Airbus em algumas ocasiões.
Recentemente, a Casa Branca anunciou um acordo com o Reino Unido, incluindo a venda de 32 jatos 787-10 Dreamliner à British Airways, totalizando US$ 10 bilhões.