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China limita importação de dispositivos médicos da União Europeia

China limita compras de dispositivos médicos da UE em resposta a tarifas de Bruxelas, elevando as tensões comerciais entre as duas potências. As novas restrições afetam também importações de outros países com componentes europeus significativos.

Ministério das Finanças da China anunciou restrições às compras governamentais de dispositivos médicos da União Europeia acima de 45 milhões de yuans (US$ 6,3 milhões).

A medida é uma retaliação às restrições impostas por Bruxelas em junho. As tensões aumentaram com a EU aplicando tarifas sobre veículos elétricos chineses, enquanto a China impõe impostos sobre conhaque do bloco.

Recentemente, a União Europeia bloqueou empresas chinesas de participar de licitações de dispositivos médicos acima de 60 bilhões de euros (US$ 70 bilhões) anualmente, alegando acesso injusto ao mercado chinês.

A decisão da UE foi a primeira no âmbito do Instrumento de Contratação Internacional, implementado em 2022 para garantir acesso recíproco aos mercados.

O Ministério do Comércio da China afirmou que espera retaliar devido ao comportamento protecionista da UE, afirmando: "infelizmente, a UE insistiu em seguir seu próprio caminho".

A China também restringirá importações de dispositivos médicos de países com componentes da UE que excedam 50% do valor contratual. As novas regras entram em vigor neste domingo.

Produtos de empresas europeias na China não serão afetados pelas medidas.

As duas economias devem ter uma reunião de líderes na China no final de julho.

Além disso, a China anunciou tarifas de até 34,9% sobre conhaque da UE após investigação sobre tarifas de veículos elétricos; grandes produtores foram isentados desde que atendam a preços mínimos não divulgados.

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