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China limita viagens de funcionários públicos e proíbe estudos no exterior

Regras restritivas para viagens internacionais se intensificam na China, afetando professores e funcionários públicos em diversos setores. Com justificativas ligadas à segurança nacional e disciplina política, muitas autoridades obrigam profissionais a entregar passaportes e solicitar permissões para viajar.

Restrição de viagens para funcionários públicos na China

Tina Liu, professora de literatura na China, recebeu um contrato com restrições severas, incluindo proibição de viajar para o exterior sem permissão da escola. Essa regra foi reafirmada por meio de mensagens internas, ressaltando uma tendência crescente de controle sobre funcionários públicos.

Em várias cidades, funcionários, como professores e médicos, são obrigados a entregar passaportes e obter aprovações prévias para viajar, mesmo por motivos pessoais. Viagens de negócios internacionais foram proibidas.

As autoridades alegam preocupações com segurança nacional, corrupção e redução de custos, embora as restrições estejam se expandindo para aqueles sem acesso a informações confidenciais.

Funcionários conversados pelo New York Times revelaram que, além disso, devem divulgar suas contas de mídia social e notificar empregadores sobre ausências. Algumas cidades impuseram limites ao número de pessoas em refeições.

A vigilância intensificada busca controlar o envolvimento com estrangeiros, com o regime temendo espionagem e descontentamento. O governo promove uma imagem de abertura, mas impõe restrições severas a seus cidadãos.

A exigência de autorização para viajar foi ampliada sob a liderança de Xi Jinping, atingindo servidores de níveis mais baixos. Contratações públicas também estão sendo afetadas, com vagas em programas especiais excluindo formados no exterior.

Responsáveis expressam que esse controle revela o receio de que informações confidenciais possam ser comprometidas por trabalhadores comuns. Recentemente, o presidente de uma grande empresa afirmou que evitará contratar pessoas que regressem do exterior, um comentário que gerou polêmica.

Apesar das restrições, muitos funcionários não se opõem publicamente, pois valorizam a segurança de seus empregos. Zhu, uma enfermeira, afirmou que seu salário estável é mais importante do que a liberdade de viajar.

O resultado? Mesmo diante da insatisfação, a maioria dos funcionários se conforma com as regras e não considera a ideia de demissão.

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