China pode exigir regra ambiental, como UE, para carne, diz diretor da Marfrig
A adoção de normas ambientais mais rigorosas pela China pode impactar a exportação de carne bovina brasileira. O diretor da Marfrig alerta para a necessidade de adaptação ao novo cenário de exigências no mercado global.
A China, principal destino da carne bovina brasileira, pode adotar exigências ambientais semelhantes às da União Europeia em sua lei antidesmatamento.
Essa possibilidade foi discutida por Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade da Marfrig, na São Paulo Climate Week, em 8 de setembro.
Pianez destacou que a tendência de rigor ambiental é "inevitável" e não se limitá apenas à União Europeia.
Ele afirmou: “Recebemos recentemente uma delegação do governo chinês e eles consideram implementar exigências desse tipo também.”
Segundo Pianez, o mercado exterior está cada vez mais rigoroso em relação às exigências ambientais, tornando improvável a reversão dessas práticas.
A União Europeia estabelece que produtos como carne, couro, soja e café devem comprovar não ter origem em áreas desmatadas após 2020 para entrar no bloco europeu.