China promete aumentar importações e US$ 9 bi em novos créditos à América Latina
China anuncia novo pacote de investimentos e crédito para América Latina, enquanto Brasil alerta sobre riscos de dependência. O presidente Xi Jinping destaca a importância da cooperação, mas Lula pede cautela na relação com potências estrangeiras.
Xi Jinping anunciou um novo financiamento de US$9 bilhões para a América Latina e Caribe, reforçando a presença da China na região durante a Reunião Ministerial Trienal do Fórum China-Celac em Pequim.
A linha de crédito, totalizando 66 bilhões de iuanes, foi prometida a membros da Celac e destina-se a investimentos em infraestrutura. Xi enfatizou a importância da independência e do desenvolvimento na parceria entre a China e a região.
Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou para a necessidade de evitar a dependência excessiva de potências estrangeiras, incluindo a China e os EUA. Acordos comerciais estão sendo revisados em meio a novas tarifas comerciais dos Estados Unidos.
Os laços comerciais entre a China e a Celac atingiram US$515 bilhões em 2024, um aumento significativo em relação aos anos anteriores. O Brasil, como maior fornecedor de produtos agrícolas à China, se beneficia desse clima de comércio.
A China visa substituir os EUA como principal parceiro de desenvolvimento na região, embora tenha enfrentado desafios, como com o Panamá. A nova linha de crédito, embora benéfica, enfrenta dificuldades devido a dívidas denominadas em dólar em muitos países.
Xi também anunciou que cinco países poderão ter isenção de visto, sem especificar quais. A disposição da China para empréstimos, no entanto, tem diminuído em função de uma desaceleração econômica.