China quer liberação de exportação de chips americanos na mesa de negociações com os EUA, diz jornal
China busca revisão de controles de exportação dos chips HBM em negociações comerciais com os EUA. Objetivo é facilitar o desenvolvimento de tecnologia de inteligência artificial no país antes de cúpula entre líderes.
China pede flexibilização de controles de exportação dos EUA sobre componente essencial na fabricação de chips de inteligência artificial, como parte de um acordo comercial antes de uma possível cúpula entre Donald Trump e Xi Jinping, segundo o Financial Times.
Autoridades chinesas comunicaram a especialistas em Washington que desejam a redução das restrições à exportação dos chips HBM (memória de alta largura de banda). Este tema foi levantado pelo vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, em três rodadas de negociações lideradas pelo secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
Após reunião entre o CEO da Nvidia, Jensen Huang, e Trump, o Departamento de Comércio dos EUA começou a emitir licenças para exportar chips H20 para a China. No entanto, esses chips geram preocupações de segurança, de acordo com uma conta vinculada à mídia estatal chinesa.
A Nvidia desenvolveu o chip H20 para o mercado chinês após o governo de Joe Biden impor controles mais rigorosos a chips avançados. Em 2022, foram anunciadas medidas para dificultar o acesso da China a chips de IA sofisticados, com a proibição da exportação de HBM em 2024, visando empresas como Huawei e SMIC.
A China manifesta preocupação com os controles sobre HBM, que limitam a capacidade de suas empresas, como a Huawei, em desenvolver chips de IA.
Com o prazo final de 12 de agosto se aproximando, o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, indicou que o governo pode prorrogar a trégua comercial por mais 90 dias.
A pressão chinesa preocupa Washington, especialmente após sinais de que Trump poderia flexibilizar os controles para facilitar a cúpula com Xi Jinping. Recentemente, o Departamento de Comércio recebeu ordens para suspender novos controles de exportação à China, o que gerou ansiedade entre autoridades.