China redireciona exportações via sudeste asiático para tentar escapar das tarifas de Trump
Empresas chinesas buscam alternativas na Ásia para driblar tarifas dos EUA. O comércio diversificado gera crescimento nas exportações para o Vietnã, Índia e Europa, apesar da queda com os Estados Unidos.
Empresas chinesas estão aumentando as exportações para os Estados Unidos via sudeste asiático para contornar tarifas impostas por Donald Trump, conforme dados recentes.
A exportação chinesa para os EUA caiu 43% em maio, correspondendo a US$ 15 bilhões, enquanto as exportações totais da China aumentaram 4,8%.
O crescimento foi impulsionado por um aumento de 15% nas exportações para a Associação das Nações do Sudeste Asiático e 12% para a União Europeia.
Recentemente, Washington firmou um acordo com o Vietnã, aumentando taxas em 40% sobre mercadorias reexportadas da China. A pausa nas tarifas recíprocas de Trump termina em breve, e novas tarifas podem surgir a partir de agosto.
Mark Williams da Capital Economics comentou sobre a mudança rápida nas importações americanas, com dados mostrando que US$ 3,4 bilhões de exportações chinesas foram redirecionadas pelo Vietnã, um aumento de 30% em relação ao ano anterior.
A exportação de componentes eletrônicos para o Vietnã cresceu 54%, totalizando US$ 2,6 bilhões em maio de 2025.
No mercado indiano, as exportações para os EUA aumentaram 17% em maio, e as importações da China e Hong Kong cresceram 22,4%.
Nos Emirados Árabes Unidos, as importações da China cresceram US$ 1,1 bilhão em maio, com forte demanda por eletrônicos.
Na Europa, notou-se um aumento nas importações de têxteis e maquinário, mas com cautela em tirar conclusões.
O transporte aéreo da China para os EUA caiu 19% em junho. A Comissão Europeia planeja abolir sua própria regra "de minimis", cobrando tarifas sobre pacotes de baixo valor.
Maria Demertzis, do Conference Board, destacou que o redirecionamento é visível em pacotes de baixo valor que estão sendo consumidos na Europa, em vez de serem reexportados.