China registra desaceleração da produção industrial e das vendas no varejo em julho
Produção industrial e vendas no varejo da China apresentam crescimento abaixo das expectativas, levantando preocupações sobre a recuperação econômica. Autoridades enfrentam pressão para implementar estímulos que revigorem a demanda interna diante de desafios externos e internos.
Crescimento da produção industrial da China caiu para o nível mais baixo em oito meses em julho, enquanto as vendas no varejo desaceleraram, aumentando a pressão sobre as autoridades para implementar medidas de estímulo.
Os indicadores se mostram desanimadores em meio a pressões como políticas comerciais dos EUA, condições climáticas extremas, concorrência excessiva e fraqueza no setor imobiliário.
A produção industrial cresceu 5,7% em julho em relação ao ano anterior, a menor desde novembro de 2024, comparado a 6,8% em junho. A expectativa era de alta de 5,9%.
As vendas no varejo cresceram 3,7% em julho, o ritmo mais lento desde dezembro de 2024, inferior ao 4,8% do mês anterior e abaixo da expectativa de 4,6%.
A trégua comercial temporária entre China e EUA, que foi prorrogada por 90 dias, evitou tarifas proibitivas, mas os lucros dos fabricantes chineses foram impactados pela demanda fraca e deflação dos preços.
Segundo Xu Tianchen, da Economist Intelligence Unit, a economia depende do apoio do governo, mas os esforços para estímulo estão antecipados para 2025 e seu impacto já está enfraquecido.
O investimento em ativos fixos cresceu apenas 1,6% nos primeiros sete meses de 2024, abaixo da expectativa de 2,7%. Yuhan Zhang, do China Center, sugere que empresas estão operando com capacidade existente.
Pequim intensificou medidas para estimular o consumo interno e controlar a concorrência excessiva, visando elevar o crescimento econômico rumo à meta de 5% para 2025.