China retoma embarques de soja brasileira de 5 empresas antes de visita de Lula
China reinicia importações de soja brasileira de cinco empresas suspensas, destacando a crescente dependência do país asiático do Brasil. Movimento ocorre em meio a tensões comerciais com os EUA e antes da visita do presidente Lula à China.
China retoma embarques de soja brasileira de cinco empresas anteriormente suspensas por questões fitossanitárias, conforme confirmado por fontes e dados da alfândega chinesa.
O Brasil, maior produtor e exportador mundial de soja, é o principal fornecedor da China, especialmente em um contexto de guerra comercial que leva Pequim a diversificar suas fontes, distantes dos Estados Unidos, seu segundo maior fornecedor.
A retomada dos fornecimentos começou em 25 de abril, semanas antes de uma visita de Estado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à China, em um momento em que Pequim busca uma coalizão global contra os EUA.
Em janeiro, foi reportado que a China suspendeu as importações de:
- Terra Roxa Comércio de Cereais
- Olam Brasil
- C.Vale Cooperativa Agroindustrial
- Cargill Agrícola S.A.
- ADM do Brasil
Naquela ocasião, o Brasil manifestou a intenção de discutir a questão com Pequim e fornecer informações sobre as empresas suspensas.
Atualmente, todas as entidades afetadas têm status de registro “normal” segundo a alfândega chinesa. Contudo, o banco de dados não especifica a data da retomada.
A China, que compra mais de 60% da soja comercializada globalmente, obtém mais de 70% de suas importações do Brasil, reduzindo a participação de mercado dos EUA.
Em 2024, a China importou um recorde de 105,03 milhões de toneladas de soja, com mais de 74 milhões vindas do Brasil. A safra recorde do Brasil em 2025 deverá aumentar ainda mais as importações de soja pela China no segundo trimestre.