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China sai em defesa de um sistema financeiro global que dependa de várias moedas, não apenas do dólar

China propõe um sistema financeiro global diversificado, buscando reduzir a dependência do dólar americano. O presidente do Banco Central critica os riscos da hegemonia de uma única moeda e defende o uso crescente do yuan nas transações internacionais.

Presidente do Banco Central da China, Pan Gongsheng, apresenta novo plano financeiro.

Na quarta-feira, Pan anunciou a intenção de criar um sistema global que não dependa apenas do dólar. Seu discurso criticou a dependência de uma única moeda, alertando sobre os riscos financeiros e potenciais crises internacionais que isso pode gerar.

O dólar sofreu uma desvalorização de 11% em relação ao euro em 2023. Isso poderia reduzir o déficit comercial dos EUA, mas também elevar o custo de endividamento do governo americano.

A China mantém seu yuan atrelado ao dólar, aumentando a competitividade das exportações, especialmente na Europa.

Embora o yuan tenha crescido em uso, ainda é uma moeda secundária no comércio global. Pan destacou que uma moeda dominante pode ser usada de maneira injusta durante conflitos geopolíticos, mencionando críticas diretas aos Estados Unidos.

A China, que se alinha com países como Rússia e Irã, realiza transações por meio de pequenos bancos com pouca dependência do dólar. Pan defendeu o uso de tecnologias emergentes, como o yuan digital, para aumentar transações sem a necessidade do dólar.

Porém, a China enfrenta desafios na promoção do yuan, devido a um superávit comercial crescente e rígidas restrições à movimentação da moeda. Dan Wang, economista, comentou que a China está regionalizando o yuan, focando no comércio com países em desenvolvimento.

Pan também não abordou as dificuldades financeiras dos consumidores chineses, enquanto falava sobre investimentos em inovação tecnológica. Embora as vendas no varejo tenham crescido 6,4% em maio, a classe média enfrenta grandes perdas devido ao colapso do mercado imobiliário.

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