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China saiu ganhando com tarifas de Trump contra Índia e semicondutores, diz consultor

Isenção de tarifas beneficia a Apple e revela complexidade das cadeias produtivas globais de semicondutores. Especialistas apontam que a China se beneficia da medida, enquanto as empresas americanas enfrentam novos desafios na indústria.

Donald Trump anunciou "pesadas tarifas" sobre semicondutores, mas isentou a Apple que investirá US$ 100 bilhões nos EUA. A informação é de Brian McCarthy, fundador da Macrolens.

McCarthy destacou que a China se beneficiará, pois as multinacionais podem contornar as tarifas. Os EUA investigam o setor de semicondutores, e tarifas de até "quase 100%" podem ser aplicadas, afetando cadeias produtivas de diversos setores.

Atualmente, semicondutores chineses pagam tarifas menores que os indianos, que podem aumentar para 50% caso o governo indiano não mude sua política de compra de petróleo russo.

O Goldman Sachs projeta que a maioria dos iPhones vendidos nos EUA virá da Índia, enquanto a Apple já registra um prejuízo de US$ 900 milhões por causa das tarifas.

O analista Thomas Monteiro criticou a falta de critérios claros para a implementação das tarifas. No entanto, ontem, as maiores fabricantes de chips foram inicialmente isentas.

Empresas como a TSMC e Samsung estão investindo nos EUA, mas há preocupações em relação a companhias sem produção no país que enfrentam riscos maiores. ASML, por exemplo, não tem fábricas nos EUA, embora seja crucial na produção de chips.

Trump deseja trazer parte da produção para os EUA, visando um maior controle tecnológico, apesar da complexidade da cadeia de suprimentos global. A batalha socioeconômica entre EUA e China está longe de acabar.

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