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China será um dos países mais afetados por bloqueio iraniano

China se prepara para os impactos do possível bloqueio iraniano do estreito de Ormuz, que ameaça 15% de suas importações diárias de petróleo. O aumento das tensões no Oriente Médio e as sanções dos EUA complicam ainda mais a situação para o país asiático.

A China será uma das nações mais impactadas pelo bloqueio iraniano do estreito de Ormuz, que transporta 20% a 30% de todo o petróleo global.

Mesmo com uma transição energética em curso, a China ainda é a maior importadora de petróleo, consumindo cerca de 11,1 milhões de barris por dia, conforme dados da EIA (Administração de Informações de Energia dos EUA).

Em março, a China importou 1,7 milhão de barris diários do Irã, o que significa que um bloqueio total afetaria 15% de suas importações de petróleo. As informações são da Reuters.

O petróleo iraniano é atrativo devido ao seu preço, já que é sancionado pelos EUA desde 2019, limitando seus compradores. A Casa Branca alegou que o governo iraniano usa a venda do petróleo para financiar atividades terroristas.

Refinarias na China também foram alvo de sanções dos EUA. Em abril, a refinaria Shandong Shengxing foi listada como uma possível sancionada por comprar cerca de US$ 1 bilhão em petróleo iraniano.

Segundo os EUA, o Irã utiliza uma "frota fantasma" para vender petróleo à China, com navios descarregando na Malásia antes da carga ser enviada à China. A EIA relata que, em 2024, a China comprará 1,4 milhão de barris por dia da Malásia, cuja produção total é de 600 mil barris por dia.

O bloqueio do estreito também pode prejudicar importações chinesas de Emirados Árabes Unidos, Qatar e Arábia Saudita. Os dois primeiros dependem do estreito, enquanto os sauditas teriam sua alternativa sobrecarregada.

Diante das crescentes tensões entre Israel e Irã, a China tem buscado uma postura diplomática. No entanto, a situação se agravou com a entrada dos EUA no conflito e a proposta do Parlamento iraniano de bloquear o estreito como retaliação.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, pediu à China que intervisse contra o bloqueio, afirmando que isso prejudicaria a economia global, especialmente a do Irã. Ele enfatizou a dependência da China do estreito para suas importações de petróleo.

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