China usa bilhões em subsídios para estimular gastos de consumidores, mas até quando consegue?
Governos locais da China reduzem programas de troca devido ao sucesso inesperado. A medida visa estimular o consumo em meio a uma economia em desaceleração e crescentes preocupações financeiras entre os cidadãos.
Programa de troca estimula consumo na China
Em Tianjin, a consumidora Zhan Demi relatou que troca de iPhone foi incentivada por um programa governamental para aumentar o consumo na China, que está estagnado.
O governo injetou US$ 42 bilhões neste ano no programa, o dobro do ano passado, para impulsionar gastos em bens de consumo, como eletrodomésticos e veículos elétricos.
As vendas no varejo cresceram 6,4% em maio, superando expectativas, com aumento na demanda por smartphones e eletrodomésticos.
Entretanto, a economia enfrenta desafios: crescimento desacelerado, desaparecimento de empregos e um setor imobiliário em declínio.
O Partido Comunista, que tradicionalmente apoiou superficialmente o consumo, agora intensifica as promessas de apoio a consumidores, visando combater os efeitos da guerra comercial com os Estados Unidos.
A atual iniciativa de troca, que oferece descontos de 15% a 20%, também se aplica a smartphones e está programada para ser ampliada em 2025.
Recentemente, cidades como Chongqing suspenderam os subsídios temporariamente, enquanto economistas expressam preocupação com a durabilidade do impacto do programa no consumo.
Para combater a baixa na economia, a China planeja introduzir pagamentos anuais de US$ 500 por criança com menos de 3 anos, conforme anunciado pela Bloomberg.
O panorama atual revela uma rede de segurança social limitada, junto com altas taxas de poupança, que dificultam o consumo.
Em um shopping local, vendedores notam um aumento nas vendas, mas não em níveis comparáveis ao passado, refletindo a cautela dos consumidores em meio à desaceleração econômica.