Chinesa GWM inaugura fábrica no Brasil; produção começa com carros híbridos e híbridos plug-in
A GWM inicia suas operações com a produção de híbridos no Brasil, prevendo nacionalizar 35% dos veículos para facilitar exportações. O evento de inauguração contará com a presença de autoridades e marca o fortalecimento da presença chinesa no mercado automotivo brasileiro.
GWM inicia operações no Brasil
Nesta sexta-feira, 15, a GWM (Great Wall Motors) se torna a 17ª marca automotiva a ter fábrica no Brasil, com operações em Iracemápolis (SP).
Os primeiros veículos nacionais serão um híbrido e um híbrido plug-in, que utilizam combustível e eletricidade e podem ser carregados na tomada.
A inauguração acontece quatro anos após a aquisição das instalações onde a Mercedes-Benz produzia. Durante o evento, a GWM anunciará mais de dezena de fornecedores locais, indicando um plano de nacionalização dos veículos.
A GWM busca 35% de nacionalização para exportar para países com acordos comerciais, como Argentina e México.
Ricardo Bastos, diretor de Assuntos Institucionais, afirma: “O Brasil é o headquarter da GWM na América Latina”.
Prioridade inicial será para baterias de veículos a combustão e híbridos, com destaque para o SUV Haval H6, seguido pela picape Poer e SUV Haval H9 a diesel. Modelos elétricos e híbridos flex só devem ser lançados após 2026.
A Bosch do Brasil está desenvolvendo um motor híbrido flex para os veículos, com engenheiros chineses participando do processo.
Confirmaram presença no evento o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice Geraldo Alckmin. A inauguração marca a “nova invasão chinesa” ao Brasil, com a GWM investindo R$ 10 bilhões.
A GWM já começou a produzir veículos e planeja iniciar as vendas até o fim do ano. Inicialmente, a fábrica terá uma capacidade de 30 mil veículos anuais, com expectativa de crescimento para 50 mil rapidamente.
Com 500 trabalhadores agora, o número pode chegar a 800 ou 1000 até o final do ano, preparando para um possível segundo turno em 2026.