Chineses recuam após ‘guerra das blusinhas’ no país
Mercado de marketplaces no Brasil enfrenta desaceleração em 2024 após aumento de impostos, enquanto varejistas nacionais ampliam suas operações. Queda na frequência de compras internacionais reflete mudanças tributárias e novos desafios para plataformas estrangeiras.
Mercado de marketplaces estrangeiros no Brasil perde fôlego em 2024, com tráfego de clientes desacelerando após aumento no ICMS pelos Estados.
A pesquisa anual da Nielsen IQ aponta a retirada de consumidores de plataformas internacionais, especialmente após crítica de varejistas nacionais à isenção tributária anterior.
Em 2024, apenas 53,2% dos consumidores compraram em plataformas internacionais, uma queda em relação a 69% em 2023. AliExpress e Shein também perderam popularidade:
- AliExpress: de 44% para 41%
- Shein: de 38% para 35,7%
Aumento do imposto de importação em agosto de 2024, e a elevação do ICMS de 17% para 20% em 2025, encareceram as compras. Declínio nas importações de itens até US$ 50 observado desde agosto de 2024, com valores passando de US$ 2,7 bilhões para US$ 2,47 bilhões.
A AliExpress afirma que está comprometida com a globalização do comércio. Simultaneamente, a Temu entra no mercado, aumentando a competição.
O cenário ainda é afetado pela guerra tarifária entre China e EUA. No e-commerce, a NIQ reporta alta de 19,1% nas vendas online em 2024.
Para 2025, a Abcomm prevê um crescimento de 15% nas vendas online, com marcas como Renner e C&A avançando entre 15% e 24%.