Chuvas no Rio Grande do Sul deixam quase 8 mil desalojados e desabrigados
Sete mil pessoas estão desabrigadas no Rio Grande do Sul devido a chuvas intensas, que já deixaram três mortos e geraram alertas de inundação. Prefeituras reabriram abrigos e o governo estadual anunciou auxílio emergencial para os municípios afetados.
Chuvas intensas no Rio Grande do Sul nesta semana deixaram 7.972 pessoas desabrigadas ou desalojadas. A Defesa Civil informou, neste sábado (21), que três pessoas morreram e há um ferido confirmado.
Atualmente, 1.914 pessoas estão em abrigos municipais e 6.058 foram acolhidas por familiares. 731 pessoas foram resgatadas. O número de municípios afetados subiu para 121, com Jaguari decretando estado de calamidade pública e 18 cidades em situação de emergência.
Os abrigos foram reabertos após a histórica enchente de maio de 2024. O último grande centro de acolhimento foi fechado em maio deste ano. A Defesa Civil emitiu quatro alertas de inundação para os rios Sinos, Jacuí, Ibicuí e Uruguai. Atualmente, os rios Jacuí e Sinos estão estabilizando.
O lago Guaíba tem previsão de níveis elevados, mas sem risco de inundação (cota de 3,6 metros). Na manhã de sábado, alcançou 3,12 metros, com aumento de 0,5 cm/hora.
A chuva continua, embora com menos intensidade. A condição climática é influenciada por umidade do norte e uma frente fria sobre o sul, de acordo com o Climatempo.
Uma terceira morte foi confirmada após uma árvore cair sobre o carro de um idoso de 72 anos em Sapucaia do Sul. As outras mortes ocorreram em Candelária e Caxias do Sul, ambos relacionados a tentativas de atravessar áreas alagadas.
São reportados até 40 bloqueios em rodovias estaduais. O governador Eduardo Leite anunciou R$ 60 milhões em apoio emergencial aos municípios, com R$ 30 milhões para recuperação de rodovias e R$ 30 milhões adicionais para as cidades em situação de emergência.
Leite destacou que, apesar da gravidade, as enchentes atuais não se comparam às de 2024, com volumes de água significativamente menores.