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‘Cibercangaço’: saiba como o crime organizado vem tomando conta do serviço de internet

Aumento da violência no Ceará impacta fornecedores de internet, com perdas financeiras e operações comprometidas. Criminosos extorquem empresas, ameaçando a continuidade dos serviços e a segurança de dados dos usuários.

Complexo Industrial e Portuário Pecém sofre com ataques a provedores de internet, prejudicando operações de empresas na região.

No dia 27 de fevereiro, ataques resultaram em falhas de conexão, obrigando multinacionais a operar em regime de contingência e realizar preenchimento manual de dados.

Criminosos da facção Comando Vermelho (CV) têm intimidado provedores ao danificar infraestruturas e cobrar taxas para evitar ataques. A onda de violência afeta não apenas telecomunicações, mas todos os negócios locais.

Provedores relatam perdas de até R$ 200 mil em algumas áreas e demissões de até 80% do quadro de funcionários. Em cidades como Caridade, 90% da população ficou sem internet, impactando o comércio e a segurança de dados.

A falta de conexão regular afeta a reputação do país, com empresas temendo um narcoestado. A polícia já prendeu 27 pessoas ligadas aos ataques, mas a escalada de crimes se espalha para outros estados.

Aproximadamente 30% a 60% da receita das empresas é demandada sob ameaça, especialmente na Bahia. No Rio de Janeiro, facções descobriram a rentabilidade da extorsão, aumentando os custos para os consumidores.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) declarou que questões de segurança são de responsabilidade das autoridades policiais, enquanto o setor enfrenta uma cadeia de prejuízos que afeta empresas, cidadãos e o Estado.

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