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Ciclo de alta monetário está próximo do final, diz economista-chefe do BMG

Economista do BMG antecipa fim do ciclo de aumento da Selic e prevê crescimento de 2% no PIB em 2023. Expectativa é que inflação desacelere, impulsionada pela safra agrícola recorde e valorização do câmbio.

Flávio Serrano, economista-chefe do banco BMG, acredita que o ciclo de aperto monetário está próximo do fim. Ele prevê um aumento da Selic em 0,5 ponto porcentual na reunião do Copom em maio, encerrando a sequência de elevações.

Serrano destaca que o Banco Central (BC) considera que as mudanças na política monetária têm um efeito retardado de 12 a 18 meses, e a alta de juros já está começando a desacelerar a economia.

Entre os fatores que influenciam sua perspectiva estão:

  • Aumento no diferencial de juros com a possível redução da taxa pelo Federal Reserve;
  • Expectativa de uma safra agrícola recorde, que pode valorizar o real e ajudar a desacelerar a inflação.

Sobre o comunicado do Copom, Serrano observa que não houve grandes surpresas. Ele explica que o mercado já esperava um aumento de 0,50 ponto porcentual e que a mensagem reflete o fim do ciclo de aumentos da Selic.

Para a reunião de junho, Serrano acredita que não haverá aumento. Além disso, projeta que a Selic deve alcançar 14,75%, que não será suficiente para trazer a inflação para a meta.

Sobre a inflação, Serrano prevê 5,4% para este ano e 4% para o próximo, indicando que mesmo em 2026 a inflação deve ficar acima do centro da meta.

Ele ainda prevê um crescimento do PIB de 2% este ano, com o agronegócio puxando esses números, e estima um câmbio em R$ 5,60 até o final do ano.

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