Ciclo de altas da Selic perto do fim
Copom indica fim próximo do ciclo de altas da Selic, mantendo foco na estabilidade econômica. Apesar das incertezas, a nova abordagem prioriza o equilíbrio entre inflação e crescimento.
Copom sinaliza fim do ciclo de altas da Selic
O Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil aumentou a Selic para 14,25% e indicou que o próximo aumento deve ser de menor magnitude. O mercado reduziu as expectativas de novas altas, sugerindo que o ciclo de elevações está perto do fim.
Apesar disso, o cenário econômico continua repleto de incertezas, com projeções para o médio prazo inalteradas. O IPCA deve atingir 6,97% este ano e 5,63% no próximo, influenciado por incertezas internas e políticas dos EUA.
O Federal Reserve manteve sua taxa em 4,25% a 4,5%, mostrando cautela diante de uma economia sólida e baixa taxa de desemprego.
No Brasil, o Banco Central destacou a resiliência da atividade econômica, exigindo uma política monetária rigorosa, mas com uma abordagem mais flexível nos próximos meses. O Copom admitiu que as metas de inflação provavelmente não serão atingidas, a menos que a Selic suba acima de 16%.
Pela primeira vez, o Copom não mencionou preocupações com a política fiscal, evidenciando uma mudança na prioridade da gestão atual, que visa um equilíbrio entre inflação e crescimento econômico.
O recado do Copom pode ser visto como um equilíbrio entre uma postura cautelosa e de contenção, com incertezas sobre o futuro da Selic. Embora ainda considere a inflação uma preocupação, não é mais um objetivo imediato.
Em resumo, o ciclo de alta da Selic se aproxima do fim, mas as projeções de inflação e atividade econômica requerem monitoramento constante.
O Banco Central busca equilibrar suas ações para garantir a estabilidade econômica, enfrentando um cenário complexo, com variáveis internas e externas, como a política do Fed e a política fiscal no Brasil.