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Cid afirma à PF que defesa de Bolsonaro procurou sua família para impedir delação

Cid nega ter participado de diálogos e acusa defesa de Bolsonaro de tentar obstruir investigações. Ele alega assédio a familiares por advogados em busca de informações sobre seu acordo de delação.

Tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, negou em depoimento à Polícia Federal ter conversado com o advogado Eduardo Kuntz via Instagram, usando um perfil chamado “Gabriela” (@gabrielar702).

Cid acusou a defesa de Jair Bolsonaro de tentar obter informações sobre seu acordo de delação e de obstruir a investigação da trama golpista. Ele afirmou que não enviou as mensagens e que estas foram gravadas “sem sua ciência e autorização”. Cid não criou o perfil e não sabe a quem pertence.

O depoimento foi prestado em 24 de outubro e os termos disponibilizados em 26 de outubro. Nos diálogos, Cid critica o ministro Alexandre de Moraes e o delegado Fábio Shor, insinuando que as informações de seu acordo estão sendo distorcidas.

Com base nas conversas, Kuntz pediu a anulação do acordo de colaboração de Cid, alegando falta de voluntariedade. Além de Kuntz, a família de Cid foi abordada por Paulo Amador da Cunha Bueno e Fábio Wajngarten.

Cid relatou que tentativas de aliciar sua defesa foram feitas e que contatos ocorreram, inclusive com sua filha menor, nas redes sociais e WhatsApp. Ele acredita que Kuntz buscava informações para obstruir as investigações.

A mãe de Cid, sua esposa e outros familiares também foram abordados para trocar de defesa. Cid informou que receberam várias ligações tentando obter informações sobre seu acordo de colaboração.

  • Fábio Wajngarten e Paulo Bueno prestarão depoimento à PF.
  • Kuntz nega interferência na delação.
  • Wajngarten afirma que a criminalização da advocacia tenta ocultar a falta de voluntariedade de Cid.
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