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Cid deve prestar novo depoimento à PF sobre perfil no Instagram

Defesa de Mauro Cid busca esclarecer polêmica sobre supostas mensagens em Instagram que ameaçam o sigilo de sua delação premiada. Relatório em andamento deve apresentar evidências de acessos não autorizados à conta e contestar as alegações de violação.

A defesa do tenente-coronel Mauro Cid está elaborando um relatório para refutar a acusação de que ele usou um perfil no Instagram para divulgar detalhes de sua delação premiada, o que violaria seu sigilo. Apesar da conta estar vinculada ao e-mail de Cid e ao telefone de sua esposa, acessos foram detectados a partir de Copenhagen, Dinamarca, sugerindo possível uso por terceiros.

Após acareações na terça-feira, Cid deve prestar novo depoimento à Polícia Federal para esclarecer mensagens supostamente atribuídas a ele. Em sua primeira oitiva, negou ter discutido sua delação com o advogado Eduardo Kuntz, que defende o coronel Marcelo Câmara, ex-assessor de Bolsonaro.

Na segunda-feira, a Meta entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dados da conta do Instagram, mostrando que ela foi registrada em 2005. O e-mail usado foi “maurocid@gmail.com”. O documento da Meta fornecerá à defesa informações que corroboram a versão de Cid, incluindo datas em que ele estava impedido de acessar a conta.

No interrogatório de 9 de junho, Cid negou ter falado sobre sua delação com outros via Instagram. Ao ser questionado sobre o perfil “GabrielaR702”, respondeu que Gabriela era o nome de sua esposa, mas não confirmava ser o perfil dela.

Após a publicação de mensagens atribuídas a Cid pela revista Veja, seus advogados solicitaram a investigação da conta. O ministro Alexandre Moraes atendeu ao pedido. O advogado Kuntz, em seguida, afirmou que foi ele quem conversou com Cid pela conta e apresentou mais mensagens.

Câmara é um réu do “núcleo dois” da suposta organização criminosa que tentou um golpe de Estado em 2022, enquanto Cid e Bolsonaro seriam parte do “núcleo crucial”. Moraes mandou prender Câmara e decidiu investigar Kuntz por obstrução de Justiça.

De acordo com os dados da Meta, há registros de uma conversa entre Kuntz, o perfil “GabrielaR702” e Paulo Amador Cunha Bueno, advogado da equipe de Bolsonaro.

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