Cid nega que ex-assessor de Bolsonaro manipulou minuta do golpe
Mauro Cid afirma que coronel Marcelo Câmara não teve envolvimento com a "minuta do golpe". A defesa do ex-assessor de Bolsonaro destacou a ausência de manipulação do documento e esclareceu o propósito do monitoramento de autoridades.
Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, afirmou que o coronel da reserva Marcelo Câmara, ex-assessor de Jair Bolsonaro, não manipulou a "minuta do golpe" nem participou do plano “Punhal Verde e Amarelo”.
A declaração ocorreu durante acareação no STF em 13 de agosto de 2025, conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes. O encontro durou de 11h40 às 12h20.
Segundo a ata, a defesa de Cid pediu que fosse registrado que Câmara não teve contato com o documento apresentado por Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro. Cid confirmou seu depoimento anterior, esclarecendo que ao mencionar Câmara, não se referia à minuta atribuída a Martins.
Em 14 de julho, Cid já havia reafirmado que Martins mostrou a “minuta” ao ex-presidente, que continha estratégias para reverter os resultados das eleições. Cid afirmou não ter conhecimento do envolvimento de Câmara no “Punhal Verde e Amarelo”, embora Câmara tenha concordado que o monitoramento era para checar agendas.
Moraes registrou que Câmara afirmou que o monitoramento era pontual, apenas para “acertar agendas”, e não para qualquer operação. A Polícia Federal indicou que o documento demonstra um planejamento com características terroristas.
Metadados mostram que o arquivo foi criado em 9 de novembro de 2022, por Mário Fernandes, general da reserva. O plano foi impresso no gabinete da Secretaria Geral no mesmo dia.
Após a acareação, o advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, declarou que o encontro esclareceu pontos mal interpretados no relatório da PF e na denúncia do Ministério Público, afirmando que Câmara não manipulou a minuta.
Câmara, atualmente preso preventivamente, solicitou sua liberdade após a acareação. Moraes aguarda manifestação da PGR.