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Cidades da China tentam atrair startups com “aluguel zero”

Cidades chinesas intensificam competição por empresas de tecnologia ao oferecer aluguel gratuito em parques industriais. A medida visa atrair startups e ocupar espaços vazios em meio a um cenário de construção excessiva.

Maiores cidades da China estão oferecendo aluguel gratuito em parques industriais para atrair startups e fabricantes de tecnologia avançada.

Desde março, cidades como Shenzhen, Hangzhou, Guangzhou, Huizhou e Suzhou implementaram políticas de "aluguel zero", isentando empresas de custos de arrendamento por 2 a 5 anos.

Essa competição, já chamada de "guerra entre cidades", se intensificou em 31 de julho com a Zona de Desenvolvimento de Guangzhou lançando 13 áreas-piloto de 150 mil metros quadrados. Contratos de 3 anos garantem 2 anos de aluguel gratuito.

Essas políticas surgem após um regulamento do Conselho de Estado em junho de 2024, que proibiu incentivos tradicionais, levando cidades a buscar novas estratégias para atrair empresas.

A competição é intensa, com distritos dentro das cidades também criando suas próprias ofertas. Um assessor de políticas mencionou que os governos estão disputando um número limitado de "boas empresas", forçando startups a negociar e aceitar propostas vantajosas.

Um fator que impulsiona a política de aluguel zero é o excesso de parques industriais vazios. Desde a pandemia, muitos espaços permanecem desocupados, com taxas de vacância variando entre 30% e 50% em muitas regiões.

Dados da Cushman & Wakefield revelam que em Xangai, novos espaços foram adicionados, mas a demanda continua baixa, com a taxa de vacância aumentando.

Embora Shenzhen tenha apresentado um desempenho mais favorável, o excesso de oferta persiste, com previsão de 840 mil metros quadrados disponíveis até 2028.

Esta reportagem foi originalmente publicada pela Caixin Global e republicada pelo Poder360.

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