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Ciro Nogueira, aliado de Bolsonaro, mantém poder na Anvisa em meio a indefinições na agência

Ciro Nogueira mantém influência na Anvisa enquanto governo Lula aguarda voto das indicações no Senado. Reunião entre ministros e representantes da indústria farmacêutica será realizada para discutir os novos diretores da agência.

BRASÍLIA – Um impasse nas indicações para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite que o senador Ciro Nogueira (PP-PI) mantenha sua influência no órgão, mesmo sendo crítico do governo Lula (PT).

Ciro é próximo do diretor Daniel Pereira, que acumula duas diretorias na Anvisa enquanto as indicações do governo não são votadas no Senado.

No dia 17 de dezembro, o governo enviou ao Senado 17 indicações, incluindo Leandro Pinheiro Safatle para diretor-presidente, e Daniela Marreco Cerqueira e Diogo Penha Soares como diretores.

Uma reunião para discutir as indicações ocorrerá em 20 de janeiro no Palácio do Planalto, com participação de Geraldo Alckmin e Alexandre Padilha.

Uma possível substituição de um indicado pelo nome de Danitza Passamai Rojas Buvinich, servidora da Anvisa, é cogitada.

A Anvisa possui cinco áreas e, sem novos diretores, Daniel Pereira está à frente de duas diretorias importantes, incluindo a Segunda, que controla medicamentos.

Daniel também tem vínculos com o ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga e seu mandato vai até 24 de julho de 2027, após o término do mandato de Lula.

As indicações precisam ser sabatinadas pela Comissão de Assuntos Sociais, presidida pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), que tem boa relação com Ciro Nogueira.

Se aprovados, os indicados do governo garantirão maioria na diretoria da Anvisa, que atualmente conta com dois diretores, incluindo Rômison Rodrigues Mota.

A indicação de Leandro Safatle é considerada quase certa, enquanto as de Daniela Marreco e Diogo Soares ainda são incertas. A situação gerou uma representação do Sinagências pedindo a ocupação de cargos vagos por servidores de carreira.

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