Citi propõe primeiro swap de dívida para reconstrução da Ucrânia
Citigroup busca acordos inovadores para financiar a reconstrução da Ucrânia, visando atrair investidores em meio à incerteza da guerra. A proposta poderia permitir à operadora estatal refinanciar dívidas e investir na recuperação de sua infraestrutura elétrica.
Citigroup está buscando um acordo inovador para financiar a reconstrução da Ucrânia.
Desde o final do ano passado, o banco tem sondado investidores para permitir que a operadora estatal de energia, NPC Ukrenergo, refinancie sua dívida em condições mais favoráveis.
Os recursos economizados seriam direcionados à recuperação da rede elétrica, alvo de ataques da Rússia.
A proposta começou a ser elaborada após a eleição de Donald Trump em novembro, que gerou expectativas de um término rápido da guerra.
Porém, o interesse dos investidores tem sido misto devido à instabilidade no país.
As conversas entre Trump e Vladimir Putin podem impactar a conclusão do acordo.
O Citigroup se mantém focado na proposta, evidenciando seu desejo de participar da reconstrução ucraniana, que o Banco Mundial estima custar US$ 524 bilhões.
Não houve comentários das partes envolvidas, mas a transação chamada de swap de dívida por reconstrução seria a primeira do tipo organizada por um banco de investimento.
A operação marcaria a entrada do Citigroup no mercado de swaps de dívida ESG, onde concorrentes como J.P. Morgan e Mitsubishi UFJ já atuam.
O banco almeja uma transação de US$ 750 milhões a US$ 1 bilhão até maio e é o único banco de Wall Street presente na Ucrânia desde o início da guerra, atendendo cerca de 500 clientes.
O Citigroup visa criar um pipeline de swaps de dívida por desenvolvimento, ajudando governos a refinanciar dívidas e investir em economia.
Essa nova abordagem é similar a swaps de dívida voltados à conservação da natureza, abrangendo vários objetivos como segurança alimentar e educação.
O governo ucraniano e outras entidades estatais têm buscado refinanciar dívidas para alocar recursos contra a Rússia, tendo reestruturado US$ 20,5 bilhões em títulos no ano passado.