Citigroup avalia lançar sua própria criptomoeda focada em pagamentos
O Citigroup considera se destacar no mercado de criptomoedas com a criação de uma stablecoin. A iniciativa reflete a crescente abertura regulatória e o interesse das instituições financeiras em participar desse setor emergente.
Citigroup estuda emissão de sua própria stablecoin, podendo ser o primeiro banco tradicional a atuar no setor de criptomoedas.
A CEO Jane Fraser revelou em teleconferência que o banco analisa a criação de uma Citi stablecoin, além de focar em depósitos tokenizados e custódia de criptoativos.
Com o avanço na regulação de cripto nos EUA e a reversão de restrições da era Biden, o Citigroup demonstrou interesse em cunhar tokens lastreados em dólar.
Fraser afirmou que a disposição do governo de permitir a participação dos bancos no espaço digital é positiva, citando o GENIUS Act como um marco regulatório para stablecoins. “Tem sido difícil participar em condições justas”, lamentou.
O banco utiliza um sistema de tokens de depósito via Citi Token Services e está avaliando parcerias com outras instituições, conforme declarado por Biswarup Chatterjee, chefe de parcerias da Citi Services. “Nada está fora de cogitação agora”, afirmou.
Grandes empresas de tecnologia financeira, como Visa e Mastercard, estão ajudando bancos a autenticar tokens. O JPMorgan Chase também anunciou planos para criar seu próprio token, o JPMD.
Emissores defendem que as stablecoins são alternativas seguras ao dinheiro bancário, uma vez que são lastreadas por reservas em ativos de curto prazo. Por outro lado, bancos preferem depósitos tokenizados, que mantêm os pagamentos no sistema bancário.
O interesse no setor visa proteger os bancos da fuga de depósitos, caso consumidores optem por manter saldos em stablecoins.
Fraser fez esses anúncios no mesmo dia em que as ações do Citigroup atingiram o maior nível desde 2008, com resultados do segundo trimestre acima das expectativas e planos de recompra de US$ 4 bilhões em ações.