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CK Hutchison busca investidor da China para aprovar venda de portos por US$ 23 bi

CK Hutchison busca reestruturar consórcio para venda de portos após críticas da China. A inclusão de um investidor estratégico chinês pode facilitar a aprovação do acordo pelas autoridades.

CK Hutchison Holdings anunciou planos para convidar um investidor estratégico da China continental para um consórcio de compra, após críticas de Pequim sobre sua proposta de vender dezenas de portos, incluindo dois no Canal do Panamá.

O investidor não foi revelado, mas se juntará a BlackRock em um consórcio que planeja adquirir 43 portos avaliados em US$ 22,8 bilhões. As negociações expiraram no domingo anterior, conforme a empresa informou.

A CK Hutchison afirmou que mudanças na composição do consórcio e na estrutura da transação são necessárias para aprovação das autoridades. A empresa não seguirá adiante sem essa aprovação.

Após o anúncio, as ações da CK Hutchison em Hong Kong subiram quase 1%, mas o ganho foi reduzido para 0,3% no início do pregão.

O grupo, fundado por Li Ka-shing, enfrenta polêmicas devido ao seu plano de desocupar portos em mais de 20 países, intensificando as tensões comerciais entre China e Estados Unidos.

Em abril, autoridades chinesas ameaçaram bloquear o acordo a menos que a China Cosco Shipping receba participação, o que faz parte das conversas em andamento entre os países. A inclusão de uma grande empresa chinesa pode facilitar a aprovação do acordo.

Analistas acreditam que este acordo pode ser parte de um pacote mais amplo sendo discutido entre China e Estados Unidos, especialmente com uma reunião agendada na Suécia.

Willy Lin, presidente do Conselho de Transportadores de Hong Kong, destacou que a mudança de propriedade pode ser "ganha-ganha", sugerindo que preocupações comerciais devem prevalecer sobre questões geopolíticas.

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