CMIN3: Morgan vê risco de execução e corta CSN Mineração para venda; entenda
Morgan Stanley rebaixa ações da CSN Mineração devido a riscos no plano de expansão e contrato de pré-pagamento. Projeções indicam queda no EBITDA e fluxo de caixa livre negativo nos próximos anos.
Morgan Stanley rebaixa recomendação para CSN Mineração (CMIN3) de equal-weight para underweight, reduzindo o preço-alvo de R$ 6,20 para R$ 5,30.
O motivo principal é o alto risco de execução no plano de expansão da companhia, especialmente na mina Itabirito P15, que teve seu início de operação adiado para o quarto trimestre de 2027.
Analisando o fluxo de caixa, a CSN enfrenta desafios devido a contratos de pré-pagamento que totalizam 55,1 Mt a serem entregues até 2029, com obrigatoriedades financeiras de US$ 2,4 bilhões.
O Morgan Stanley estima um rendimento médio negativo de fluxo de caixa livre de 9% entre 2025-2027. As projeções revisadas para o EBITDA são:
- 2T25: R$ 1,63 bi (-3,8%)
- 2025: R$ 6,41 bi (-9,0%)
- 2026: R$ 7,00 bi (-15,5%)
- 2027: R$ 6,86 bi (-16,3%)
- 2028: R$ 12,10 bi (-13,3%)
Para o lucro por ação (EPS), as novas estimativas são:
- 2T25: R$ 0,10
- 2025: R$ 0,24
- 2026: R$ 0,27
- 2027: R$ 0,19
- 2028: R$ 0,68
Os atuais múltiplos da CSN Mineração posicionam a ação a 4,7 vezes EV/EBITDA para 2025, cerca de 15% acima da média histórica, coincidente com o rendimento negativo de fluxo de caixa livre.
A expectativa do Morgan para o preço do minério de ferro é de US$ 100/t em 2025 e US$ 95/t em 2026, com a mudança sendo atribuída a um superávit no mercado e menor demanda da China, potencializado pela oferta adicional da mina Simandou.