CNA rebate acusações de Trump contra 'práticas desleais de comércio'
CNA defende legalidade das práticas comerciais do Brasil em resposta às acusações dos EUA e destaca acordos tarifários e ações contra o desmatamento. A entidade afirma que suas políticas estão em conformidade com as normas internacionais e espera uma resolução favorável na investigação.
CNA responde às acusações dos EUA
A CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) respondeu, no dia 15, às alegações do governo dos Estados Unidos sobre práticas comerciais desleais do Brasil.
A entidade protocolou dados que comprovam a legalidade de suas políticas em tarifas, acesso ao mercado de etanol e combate ao desmatamento ilegal.
A investigação, iniciada durante o governo Donald Trump, baseou-se na Seção 301 da Lei de Comércio, que permite a verificação de práticas comerciais consideradas injustas.
Seis eixos temáticos foram abertos, incluindo:
- comércio digital e pagamentos eletrônicos
- práticas anticorrupção
- propriedade intelectual
- tarifas preferenciais
- acesso ao mercado de etanol
- desmatamento ilegal
A CNA destacou que as tarifas preferenciais do Brasil são limitadas e baseadas em acordos com México e Índia, afetando menos de 2% das importações brasileiras, sem prejudicar exportações americanas.
Sobre o etanol, a CNA citou isenções tarifárias entre 2010 e 2017 e defendeu a atual tarifa de 18% como justa e em conformidade com a OMC.
A entidade reafirmou a transparência de sua política tarifária e o compromisso com a cooperação bilateral na transição energética.
Quanto ao desmatamento ilegal, a CNA destacou legislações robustas e sistemas de monitoramento efetivos, como o PPCD e o Cadastro Ambiental Rural. Estes têm contribuído para a redução do desmatamento.
A diretora da CNA, Sueme Mori, enfatizou a importância do agronegócio no mercado internacional, afirmando que a confederação confia que a investigação provará o compromisso do Brasil com um comércio justo e transparente.
A CNA também pretende participar de uma audiência pública sobre a investigação, agendada para setembro.