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CNJ abre processo disciplinar contra juiz que tem avião e fazenda de R$ 30 milhões

Juiz Paulo Afonso, alvo da Operação Ultima Ratio, é acusado de corrupção e movimentações financeiras irregulares. O CNJ instaura processo disciplinar e mantém seu afastamento enquanto investigações prosseguem.

Conselho Nacional de Justiça abre processo administrativo disciplinar contra juiz Paulo Afonso de Oliveira da 2.ª Vara Cível de Campo Grande.

Ele é alvo da Operação Ultima Ratio, suspeito de envolvimento em venda de sentenças e movimentação financeira irregular. Entre seus bens, estão:

  • Um avião avaliado em até R$ 1,2 milhão.
  • Uma fazenda de mil hectares em Mato Grosso do Sul, avaliada em R$ 30 milhões.

Paulo Afonso nega corrupção, alegando que o avião é obsoleto e a fazenda tem áreas de preservação, limitando sua exploração econômica.

A operação também investiga cinco desembargadores e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. A decisão pelo processo disciplinar foi unânime e pode levar à aposentadoria compulsória do juiz.

O corregedor nacional de Justiça, ministro Mauro Campbell, indicou indícios de violação da Lei Orgânica da Magistratura e do Código de Ética.

Após a quebra de sigilo, foram identificados saques de R$ 580 mil e um pedido de saque em apurada dúvida de legalidade.

A aquisição de um avião Cessna por R$ 100 mil, subestimado frente ao mercado, e a compra da fazenda por R$ 700 mil refletem investigações de recursos ilícitos.

A defesa argumenta a falta de justa causa para a ação disciplinar e atribui os problemas a erro no caixa do banco.

Paulo Afonso defende que os depósitos recebidos são legais, oriundos de sua atividade agropecuária.

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