CNU 2025: Ministério Público pede suspensão do concurso por não adotar medidas que assegurem as cotas raciais
MPF alega falhas na aplicação das cotas raciais e pede suspensão do Concurso Público Nacional Unificado. Órgão critica falta de transparência e ausência de medidas para garantir direitos dos candidatos cotistas.
MPF pede suspensão do Concurso Público Nacional Unificado (CNU) de 2025
Na última quarta-feira, o Ministério Público Federal (MPF) protocolou pedido na Justiça Federal do Distrito Federal para suspender o CNU de 2025.
O motivo: o novo edital, publicado em 30 de outubro, não garante o cumprimento das cotas raciais conforme a nova Lei nº 15.142/2025.
Entre os principais problemas apontados pelo MPF:
- Uso do sorteio para aplicação das cotas em cargos com poucas vagas, sem transparência nos critérios;
- Ausência de cadastro de reserva proporcional por modalidade de cota;
- Falta de justificativas para decisões de comissões de heteroidentificação;
- Necessidade de maior clareza na divulgação das listas classificatórias dos cotistas.
O concurso deste ano prevê 3.652 vagas, distribuídas em nove blocos temáticos.
Irregularidades em 2024
O MPF já havia identificado irregularidades na edição anterior do CNU, com reclamações sobre o cumprimento das políticas de ações afirmativas.
Em fevereiro, uma recomendação oficial ao MGI foi feita para suspender a divulgação dos resultados.
Problemas identificados incluem:
- Falta de notificação a candidatos cotistas sobre a regularização das vagas;
- Atraso na divulgação dos avaliadores responsáveis pela heteroidentificação.
Manifestação do MGI
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) afirmou que os critérios de sorteio estão detalhados em publicações oficiais e se manifestará sobre as demais questões levantadas pelo MPF, mas não comentou o pedido de suspensão.