Coalizão de Harvard quer rejeitar acordo com Trump
Coalizão de Harvard alerta sobre os riscos de um acordo com o governo Trump, ressaltando a ameaça à autonomia universitária. Com mais de 14.000 assinaturas, a carta se opõe a capitulações que possam comprometer o futuro do ensino superior nos EUA.
Crimson Courage, uma nova coalizão da Universidade de Harvard, opõe-se a um possível acordo com o governo de Donald Trump (Partido Republicano).
Uma carta aberta com mais de 14.000 assinaturas de ex-alunos, estudantes e docentes afirma que tal acordo pode comprometer a autonomia universitária.
Em julho, Harvard considerou destinar US$ 500 milhões para resolver sua disputa com o governo federal.
A coalizão alerta que se Harvard aceitar pagar ou acatar restrições, outras universidades poderão fazer o mesmo, prejudicando o ensino superior.
A carta, endereçada ao reitor Alan M. Garber, destaca: “Um acordo terá um efeito inibidor sobre a comunidade de Harvard e sobre todo o ensino superior”.
O governo Trump ameaçou cortar fundos federais para universidades devido a manifestações contra os ataques a Israel.
Universidades como a Columbia e a Brown já foram forçadas a firmar acordos, pagando mais de US$ 200 milhões e US$ 50 milhões, respectivamente.
A carta adverte que esses acordos representam uma capitulação perigosa que pode corroer os alicerces do ensino superior nos EUA.
A UCLA também teve US$ 584 milhões de financiamento federal congelados. Recentemente, uma juíza federal ordenou o restabelecimento parcial dos recursos.
Harvard é a única universidade que processou diretamente o governo Trump. Este ato foi visto como uma forma de resistência e gerou doações. A universidade agora busca reverter o congelamento de bilhões em recursos para pesquisa.