COE pode virar o novo título de capitalização
O crescimento dos Certificados de Operações Estruturados (COE) se destaca em meio à comparação com os títulos de capitalização, gerando preocupações sobre a educação financeira dos investidores. A falta de clareza e o risco associado à venda desses produtos podem prejudicar o desempenho financeiro dos clientes.
Título de capitalização: um convite ao investimento ou à aposta?
Os títulos de capitalização têm sido um exemplo da falta de educação financeira dos brasileiros. O funcionamento é simples: o investidor poupa mensalmente, recebendo uma pequena remuneração ou nenhuma ao final do período. A antecipação do resgate resulta em perda financeira.
Para compensar a baixa liquidez, há sorteios que oferecem prêmios. Os prêmios anuais são os mais valiosos, mas a análise financeira dessa opção é complexa, exigindo conhecimentos em probabilidade e matemática financeira.
A venda do título é impulsionada por um apelo emocional, onde o investidor se diverte apostando, mas isso gera críticas entre assessores de investimentos, que consideram que investimento e aposta são categorias distintas.
A função de um assessor é facilitar a escolha das melhores opções de investimento, navegando por uma vasta gama de produtos financeiros que vão além dos títulos de capitalização.
Os Certificados de Operações Estruturados (COE) ganharam espaço no mercado, com um estoque de R$ 90 bilhões na B3, superando os R$ 40 bilhões dos títulos de capitalização. Contudo, isso gerou preocupações sobre abusos na venda de COEs.
Os COEs podem servir como uma alternativa para investidores que buscam maior rentabilidade, mas também contêm elementos de risco e aposta, destacando a importância da orientação de um assessor de investimentos.
O conhecimento do assessor é crucial, pois há o risco de que os COEs sejam vendidos apenas para cumprimento de metas e não em benefício do investidor. Assim, é essencial que o investidor busque entender os riscos envolvidos antes de decidir.