Cogna e Yduqs caem 6% com novas regras de EAD: como as educacionais são afetadas?
Novo marco regulatório impõe desafios adicionais para o setor de educação, com expectativas de aumento de custos e restrições na oferta de cursos. As ações das principais empresas do setor sofrem quedas acentuadas após a divulgação do decreto.
Ministério da Educação (MEC) anunciou novo decreto para ensino a distância (EAD) e regras para conteúdo online em cursos presenciais, impactando negativamente o setor.
Em 20 de setembro, ações de empresas como Cogna e Yduqs caíam cerca de 6%. Outras empresas, como Ânima e Ser Educacional, também apresentaram fortes perdas.
O Morgan Stanley destacou que o novo marco trará custos estruturais mais altos e um período de transição de dois anos. O risco regulatório permanece em aberto, com possíveis alterações futuras.
A XP Investimentos considerou a medida uma etapa importante para as empresas, mas acredita que os resultados de curto prazo enfrentarão obstáculos. As novas regras devem:
- Aplicar-se apenas a novas captações de alunos;
- Resultar em custos operacionais mais elevados;
- Ter um período de transição de dois anos;
- Acelerar a consolidação do setor.
A XP identificou a Cogna como a mais exposta às novas regras, apesar de manter a recomendação de compra.
O BTG Pactual afirmou que o novo regulamento é negativo, aumentando os custos, especialmente para empresas com alta exposição ao EAD.
De acordo com o Goldman Sachs, Cogna e Yduqs sofrerão pressão em investimentos e margens. Já Afya e Ânima devem ter efeitos marginais.
O JPMorgan observou que dois pontos foram piores do que o esperado: limitação de 30% para EAD em cursos presenciais e a proibição de EAD em cursos como Enfermagem, impactando os custos para as empresas. A Cogna, por exemplo, possui 8% de alunos EAD nessa área.
A cláusula semipresencial ainda gera incertezas quanto ao aumento de custos, enquanto a Cogna está mais preparada para adaptações necessárias.